Os meses de março, abril e maio se destacam todos os anos pelo aumento da procura por atendimento nos hospitais. No Hifa Guarapari não é diferente e os médicos já calculam aumento de em média 85% em relação ao ano passado, tanto no número de atendimento como na internação. Isso acontece devido a mudança de temperatura e da chegada do inverno. E quem mais sofre são as crianças, por terem ineficiência do sistema imunológico.
“Mesmo com a residência médica atendendo no hospital possibilitando plantonista a mais praticamente todos os dias, inclusão de leitos extras e capacitação tanto da equipe de médicos como de enfermagem para tornar o atendimento mais efetivo, ainda assim não é suficiente. O nosso apelo é para que pais busquem atendimento nas unidades de saúde para casos como resfriados, lesões de pele, diarreia sem vômito e febre baixa para priorizar no Pronto Atendimento casos mais graves.”, ressaltou a pediatra, alergista e imunologista, Dra. Karla Delevedore.
uswisssale Segundo a médica, as doenças mais comuns desse período e que vem gerando sobrecarga no hospital são as respiratórias, principalmente as virais, como bronquiolite, resfriado e gripe, além das bacterianas, como sinusite e pneumonia.
“O resfriado, por exemplo, resulta em coriza, tosse, febre baixa quando houver e compromete menos o paciente. Neste caso, a indicação é que os pais procurem a Unidade de Saúde mais próxima do seu bairro. Já quadros de gripe, que costuma provocar febre alta e calafrios, podendo surgir dores abdominais e vômitos em crianças menores, pedimos que procure o Pronto Atendimento”, ressaltou.
Outras situações também são a rinite que se constitui de quadro alérgico e a sinusite que pode ser consequência de um quadro alérgico ou infeccioso. “Geralmente a sinusite nas crianças começa com um quadro leve com resfriado ou gripe, mas dias depois essa infecção bacteriana pode evoluir para uma sinusite, que passa 10, 14 dias e não melhora. Nesses casos, a indicação também é que procure atendimento no Pronto Atendimento”, acrescentou Dra. Karla.
De acordo com a Dra. Karla, entre as medidas de prevenção para as doenças respiratórias estão: manter o cartão de vacina atualizado, alimentação saudável, ingestão de bastante líquido, lavar o nariz com soro fisiológico diariamente e evitar lugar fechar ou com grande aglomeração de pessoas. “Ao diagnosticar uma das doenças respiratórias nas crianças, é importante não levá-la na creche, para não contaminar outras crianças”, disse a especialista.
Quando procurar o Pronto Atendimento Infantil do Hospital?
E em caso de diagnóstico de uma dessas doenças, a médica alerta para que pais não façam medicação sem orientação médica e buscam atendimento adequado na unidade referência. “Para casos mais graves que apresentam febre alta e persistente, convulsão e cansaço ou quando a criança não come, não ingere líquidos ou não vai ao banheiro, por exemplo, é importante buscar atendimento no Pronto Socorro do Hospital, já os demais, como lesão de pele, diarreia sem vômito, febre baixa a procura deve ser pela Unidade Básica de saúde que atende o bairro”, orientou.
Confira reportagem veiculada no Jornal da TV Guarapari: